26 de nov. de 2010

Polícia do Rio prepara incursão no Alemão, onde traficantes se escondem



"Nesta quinta-feira, Vila Cruzeiro foi ocupada por soldados do Bope e por tanques da Marinha"
RIO - O subsecretário de planejamento e integração operacional do Rio de Janeiro, Roberto Sá, afirmou por volta do meio-dia desta sexta-feira, 26, que haverá uma incursão no Complexo do Alemão, mas ainda não foi definido o momento da operação. Segundo ele, o foco ainda é a Vila Cruzeiro, mas não está descartada uma entrada no Alemão se a inteligência das forças policiais detectarem informações que indiquem a necessidade de agir antes.

Sá informou que 800 homens do Exército atuarão no cerco ao Complexo com o apoio das polícias militar e civil, a fim de evitar que os criminosos fujam. O subsecretário disse ainda que a prefeitura do Rio interditará alguns acessos no Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro. sem especificar quais. 'É apenas uma questão de estratégia entrar no Alemão', disse. 'Não há lugar em que nossa polícia não entre, desde que tenhamos recursos logísticos para ultrapassar alguns obstáculos que os nossos recursos até então não permitiam', acrescentou.

Segundo Sá, nove suspeitos presos recentemente serão transferidos para presídios de outros Estados. Ele afirmou que a transferência foi acertada entre o sistema penitenciário federal e a justiça estadual. O subsecretário não especificou para quais unidades da federação os presos serão levados. 'Nossa prioridade nesse momento é fazer com que saiam do Rio de Janeiro', afirmou. (Glauber Gonçalves)

Tiroteio. Um policial militar do 16º batalhão (Olaria) ficou ferido na cabeça durante uma troca de tiros entre agentes federais, PMs e traficantes na entrada da favela da Grota, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Os criminosos se encontram se encontram em uma casamata na entrada da favela, a menos de 100 metros de onde estão posicionados os policiais.

Penha. A Polícia Civil também troca tiros com traficantes no Complexo da Penha, na zona norte. Dois helicópteros sobrevoam o complexo e dão rajadas de metralhadora. Os tiros aparentemente partem da favela da Chatuba, onde hoje pela manhã estiveram diversas equipes da Polícia Civil, em carros.

Vila Cruzeiro. Dez policiais do Bope junto com outros dez policiais militares fizeram na manhã de hoje uma varredura na parte baixa da região, onde as marcas da operação de ontem ainda são visíveis. A polícia está fazendo buscas em residências e também revista transeuntes. Na estrada José Lucas estão as carcaças de três caminhões incendiados.

Em consequência dos ataques, fios de energia elétrica foram queimados, deixando sem luz toda a região e prejudicando os comerciantes que ainda assim resolveram abrir suas portas.

Na Rua Jaques Maritaim, antiga Rua 14, há pelo menos 30 motos abandonadas, que foram apreendidas pela polícia. Na Rua 13, onde os traficantes se abrigavam em seu bunker, há restos de comida, abandonados provavelmente no momento do tiroteio. A polícia encontrou ainda no local 'jacarés', que são canos com pedaços pontiagudos de ferro, usados para impedir a aproximação de carros.

'O que acontece é que há uma rota de fuga difícil de alcançar', explicou o subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira, referindo-se às imagens do helicóptero da TV Globo que mostraram ao vivo a fuga em massa da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão pela Serra da Misericórdia. As imagens repercutiram na internet e motivaram críticas no Twitter - usado pelo governo para rebater boatos.

24 de nov. de 2010

Equipe econômica de Dilma Rousseff adota discurso de austeridade fiscal

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que permanecerá no cargo no governo de Dilma Rousseff, afirmou há pouco que o objetivo do novo governo é que a dívida pública brasileira atinja 30% do PIB até 2014. “Hoje está em 41% do PIB. Já foi mais alta”, disse durante o primeiro pronunciamento após ter seu nome confirmado por José Eduardo Martins Cardozo, que trabalha na equipe de transição do governo. Futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior confirmou que a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) caberá à pasta, a partir do próximo ano. Alexandre Tombini, indicado para a presidência do Banco Central (BC), disse que o País “tem reduzido sua vulnerabilidade externa”.

Guido Mantega

Mantega disse, nesta quarta-feira, que, a partir de 2011, o governo fará “contenção de despesas” para aumentar a poupança pública e os recursos para investimento. “É o momento de reduzir os gastos do governo. Agora que a economia está equilibrada, precisamos reduzir os gastos”, disse.

“Objetivo do novo governo é que a dívida pública brasileira atinja 30% do PIB até 2014″, disse Mantega.

“Portanto, 2011 será o ano de consolidação fiscal, com contenção de despesas de custeio para aumentar a poupança pública e o investimento”, completou. Segundo Mantega, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, por exemplo, receberá menos recursos do Tesouro. “Abrindo espaço para o setor privado fazer empréstimos de longo prazo”, explicou.

O ministro informou que o País fechará o ano com crescimento de 7,5%, e que a meta dos próximos anos é manter a taxa de crescimento do País na média de 5%. “Queremos um crescimento de qualidade, fortalecendo o mercado interno, de modo a gerarmos milhões de novos empregos. Essa é umas prioridades máximas da política econômica, a geração de empregos”, afirmou.

Miriam Belchior

Indicada ministra do Planejamento pela presidente eleita Dilma Rousseff, a atual coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, disse, nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, que trabalhará, a partir de 2011, para “modernizar” a administração pública federal para deixá-la “mais eficiente, mais focada para o resultado, e para o atendimento ao cidadão”.

Belchior citou ações tomadas no governo do presidente Lula como exemplos que ela considera bem-sucedidos e dignos de serem ampliados para outros setores do governo. Os exemplos foram a eliminação das filas no INSS, a unificação das Receitas Federal e Previdenciária, e a implantação de licitações eletrônicas. “Saímos de 17% no inicio do governo Lula e hoje temos 80% das compras do governo federal feitas por meio eletrônico. Significa redução dos gastos públicos. Isso é que queremos continuar perseguindo no governo da presidente Dilma Rouseff”, disse Belchior.

Miriam Belchior ressaltou que projetos como os citados dependem de emprenho de vários ministérios. “Estamos nos colocando essa tarefa para darmos um passo na melhoria do atendimento ao cidadão”. Ela citou ainda a importância de aumentar o número de ouvidorias para identificar os focos de problema no atendimento ao cidadão para que sejam corrigidos.

Miriam Belchior confirmou que a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) caberá, a partir do próximo ano, ao ministério do Planejamento. Hoje, ela é coordenadora do PAC, que ainda é executado a partir da Casa Civil.

A ministra indicada adiantou ainda que algumas ações intersetoriais, hoje sob responsabilidade da Casa Civil, também migrarão para a pasta dela. Ela disse que ainda não conversou com o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sobre as estruturas da Pasta, e disse que está ocupada com um balanço sobre o PAC 1 a ser divulgado no início de dezembro.

Alexandre Tombini

Ao tomar a palavra, Tombini disse que “é uma grande satisfação pessoal ter sido escolhido pela presidente Dilma” e que “serão tomadas medidas nos próximos dias”. Ele afirmou que o regime de metas tem regras do jogo bem definidas e que é preciso transparência para coordenar as expectativas. O futuro presidente do BC garantiu que trabalhará com “autonomia operacional total”, agradeceu a confiança de Henrique Meirelles e disse que o País “tem reduzido sua vulnerabilidade externa”.
Fonte: Estadão

14 de nov. de 2010

O ENCAFÉ prossegue hoje


Deu no Portal da Fiern

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) está promovendo o 18° ENCAFÉ – Encontro Nacional da Indústria de Café, no Serhs Natal Grand Hotel, na capital potiguar., até o dia 16.

O evento reúne mais de 500 participantes, entre industriais, produtores, exportadores, membros do governo e fornecedores de máquinas e equipamentos.

O tema central é “Um Novo Tempo para o Café no Brasil”, uma referência à Instrução Normativa 16, que cria o Regulamento Técnico para o Café Torrado em Grão e Café Torrado e Moído, que entra em vigor em 2011.

Com a IN 16, o Brasil passa a ser o primeiro pais a adotar, em norma oficial, as modernas técnicas de avaliação sensorial do produto final para definir as características da qualidade recomendável, aquelas que tornam a bebida apreciada e que impulsionam o consumo.

O impacto dessa regulamentação do mercado (tanto no setor produtivo quanto no varejo) e todos os preparativos para sua adequação, incluindo o treinamento de classificadores e provadores, serão analisados em painéis e workshops.

O diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Dauster Sette, prestigiou a cerimônia de abertura do evento, no Auditório Governador Lavoisier Maia

10 de nov. de 2010

Padilha afirma que Dilma não definiu prazos para formar ministério

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira, 9, que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) não estabeleceu prazo 'nem para começar, nem para concluir' a escolha da nova equipe de ministros.

'A tradição dos presidentes eleitos é definir ministério até 23 de dezembro. Mas a Dilma não estabeleceu prazo nem para começar nem para concluir', afirmou o ministro, que está hoje no Congresso Nacional conversando com lideranças sobre a pauta de votação da Câmara e do Senado até o final do ano.

Padilha disse ainda que o presidente deixou claro aos ministros em exercício que nenhum deles é dono da pasta que ocupa atualmente.

'Quem vai decidi o governo, ministério é a presidente eleita. O que todo mundo tem que saber é: o baralho mudou de mãos. Acabou uma rodada, agora o baralho está na mão da presidente eleita, está misturando as cartas, nenhum ministro e nenhum partido é dono do ministério que ocupa', completou Padilha.

De acordo com o ministro, Dilma formará uma equipe com a cara dela. 'A presidente tem seu tempo. Mulheres, de forma muito especial, têm seu tempo, são mais cuidadosas. O tempo é dela, da presidente eleita', ponderou.

Lula

Padilha disse ainda que o presidente Lula conversará com a presidente eleita Dilma Rousseff sobre as vagas em aberto na Esplanada, antes de fazer qualquer indicação. Uma dessas vagas é a de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), aberta desde a aposentadoria de Eros Grau, em agosto.

'Todas as iniciativas que tenham impacto no próximo governo, ele [Lula] vai conversar com a presidente eleita, seja sobre o STF, sobre as agências reguladoras [que tem cargos vagos]'.

8 de nov. de 2010

Casa Civil nomeia sete para governo de transição

O ministro interino da Casa Civil, Carlos Esteves Lima, assinou sete nomeações para o cargos especiais para o governo de transição. A portaria foi publicada nesta segunda-feira, 8, no Diário Oficial da União.

Entre os nomeados estão Clara Ant, assessora licenciada da Presidência, que trabalhou na campanha da presidente eleita, Dilma Rousseff; Giles Carriconde Azevedo,ex-secretário-executivo adjunto da Casa Civil e a jornalista Helena Maria de Freitas Chagas, ex-diretora de jornalismo da Empresa Basil de Comunicação (EBC).

Integram também a lista, Paulo Leonardo Martins, Marly Ponce Branco, Cleonice Maria Campos Dornelles e Anderson Braga Dornelles.

7 de nov. de 2010

Sarney diz que há possibilidade de Congresso propor recriar CPMF

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta sexta-feira que existe a possibilidade de surgir a iniciativa de recriar a CPMF em alguma das duas Casas do Congresso, informou a Agência Senado.

'Eu ouvi a ministra Dilma Rousseff dizer que não vai mandar nenhum projeto fazendo retornar a CPMF. Agora, isso não impede que, aqui dentro das duas Casas do Congresso, apareça uma iniciativa parlamentar restaurando essa contribuição', disse Sarney, segundo informações da agência.

Dilma afirmou em entrevista coletiva na quarta-feira, a primeira após ser eleita no último dia 31, que não pretendia enviar a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ao Congresso, mas que não poderia ignorar o que chamou de movimento de alguns governadores pela recriação do imposto.

A cobrança da CPMF, originalmente criada para destinar recursos à área de saúde, foi interrompida em dezembro de 2007, quando a proposta de renovação do tributo foi derrubada no Senado numa das maiores derrotas sofridas nos quase oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na quinta-feira o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse após reunião com os demais cinco governadores eleitos pela sigla que 'se precisar restabelecer em parte ou totalmente a CPMF, vamos fazê-lo'.

Nesta sexta, entidades que representam o setor produtivo criticaram a ideia de recriação do imposto.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, afirmou que a CNI é 'totalmente contrária' à proposta.

'Isso não resolve o problema da saúde. Acho que antes de pensar em novas receitas, temos de pensar em melhoria da gestão', avaliou.

O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que disputou o governo estadual pelo PSB, foi na mesma linha.

'Somos contrários à criação e/ou aumento de qualquer imposto. A sociedade brasileira não aceita elevação da carga tributária', afirma a nota, que também pede a realização de uma reforma tributária pelo novo governo.

Outra entidade que criticou a ideia de restabelecimento do imposto foi a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Segundo seu presidente, Abram Szajman, a proposta é 'inaceitável'.

'Esse é o momento de se debater sobre uma reforma tributária mais ampla e não de voltar a falar na criação de um novo tributo', disse, segundo comunicado.

Os partidos de oposição também atacaram a ideia, e a liderança do Democratas no Senado divulgou nota sobre a possibilidade de cobrança.

'É inaceitável --e o eleitor não deverá perdoá-los por isso-- que o assunto tenha sido escamoteado à população durante toda a campanha eleitoral para ressurgir agora com o mesmo argumento enganoso de que falta dinheiro para a saúde', diz o comunicado.
Fonte: Estadão

6 de nov. de 2010

Dilma se emociona ao agradecer apoio do presidente Lula


A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff (PT), se emocionou durante o primeiro pronunciamento oficial, ao se referir ao apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Baterei muito a sua porta e tenho certeza e confiança de que estará sempre aberta. Saberei honrar o seu legado", garantiu a petista.

Dilma confirmou matematicamente sua vitória pouco mais de uma hora após o fim da votação em todo o Brasil, somando 55% dos votos, enquanto José Serra (PSDB) teve 44%. O índice de abstenção foi de 21%.

"Sei que distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade", acrescentou, lembrando da trajetória do presidente Lula como chefe de Estado.

Na referência a Lula, ela foi cortada pelos gritos de "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula...". Dilma lacrimejou. "Conviver durante todos esses anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e sua gente".

MÃO ESTENDIDA

A presidente eleita foi recebida com o Hino Nacional no auditório do hotel Naoum, em Brasilía. Dilma chegou ao auditório acompanhada dos ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu - em seguida, subiram ao palco os coordenadores de sua campanha, José Eduardo Dutra e José Eduardo Cardozo, além do vice Michel Temer, do ex-presidente José Sarney e dos governadores Tarso Genro, Renato Casagrande, Eduardo Campos e Cid Gomes.

Num discurso conciliatório, Dilma "estendeu" sua mão aos opositores e aos eleitores que não votaram nela. "Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrios. A partir de minha posse, serei presidente de todos os brasileiros e brasileiras".

O candidato derrotado, José Serra, telefonou para Dilma durante o pronunciamento, segundo José Eduardo Cardoso, coordenador jurídico da campanha petista. Dilma recebeu um bilhete de Palocci, informando-a.


"Para mim, é uma noite completamente especial. Queria me dirigir a todos os brasileiros e brasileiras, os meus amigos e as amigas do Brasil. Recebi de milhões de brasileiros e brasileiras talvez a missão mais importante da minha vida. Além da minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do Brasil, porque pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil", afirmou.

"Vou honrar as mulheres brasileiras para que esse fato hoje inédito se transforme em uma fenômeno natural", prosseguiu. "Reconheço... Eu e meu vice Michel Temer, hoje eleito, reconhecemos que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico.

"Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver pessoas na rua, enquanto reinar o crack e as cracolândias. A erradicação da miséria nos próximos anos é uma meta que eu assumo, mas peço humildimente o apoio de todos", disse Dilma.

De acordo com a presidente eleita, o que mais lhe deu esperança foi a capacidade do povo brasileiro de agarrar uma oportunidade, por menor que seja, e com ela construir um futuro melhor. "É incrível a capacidade de empreender do nosso povo", concluiu.

5 de nov. de 2010

Brasil melhora na lista do IDH mundial




País é o 73º lugar na lista de desenvolvimento humano da ONU, mas fica abaixo da média da América Latina e Caribe

Brasília. O Brasil ocupa a 73ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em uma lista que traz 169 países. A colocação indica que o país apresenta desenvolvimento humano elevado, de acordo com relatório divulgado nesta quinta pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A categoria superior a essa, e máxima, é a dos países de "desenvolvimento humano muito alto".

O Brasil foi o país que mais avançou no ranking. Foram quatro pontos a mais em comparação a 2009. Um desempenho significativo, sobretudo diante do cenário de estagnação revelado pelo estudo. Dos 169 países analisados, 116 mantiveram a posição apresentada em 2009 e 27 tiveram desempenho pior.

O País alcançou índice 0,699. Noruega, a primeira colocada, 0,938. O pior indicador foi do Zimbábue: 0,140. Apesar da evolução durante o ano, o Brasil continua a exibir um IDH menor do que a média da América Latina e Caribe, que é de 0,704.

Entre os países que mais progrediram em décadas recentes estão os de crescimento "milagroso" como China, que subiu oito pontos nos últimos cinco anos, indo para o 89º lugar, assim como a Indonésia e a Coreia do Sul.

O IDH é composto por três dimensões: educação, saúde e renda. Na saúde, a variável usada ainda é a expectativa de vida. Mas, segundo novos critérios, o estudo leva em conta a Renda Nacional Bruta per capita e os "anos médios de estudo" (número médio de anos de educação recebidos por pessoas com 25 anos ou mais) e os "anos esperados de escolaridade" (número de anos de escolaridade que uma criança em idade escolar espera receber).

A mudança no cálculo do IDH provocou a exclusão de 17 países, para os quais não havia, segundo o Escritório do Relatório de Desenvolvimento, dados disponíveis, entre eles Líbano e Cuba. No caso de Cuba, não havia dados sobre renda per capita. No do Líbano, faltavam dados sobre escolaridade.

O relatório do Pnud calculou o "novo IDH" para o Brasil desde o ano 2000. Segundo Flávio Comim, coordenador do relatório no Brasil, o país apresentou avanços importantes em dez anos. "A expectativa de vida aumentou em quase três anos (de 70,19 anos para 72,93 anos)", lembrou Comim.

Entraves

O que ainda amarra a colocação brasileira é a educação. Ao longo dos últimos cinco anos, o número de anos escolares esperado caiu de 14,5 para 13,8.

A comparação com alguns países vizinhos também é desfavorável. A estimativa é de que um brasileiro viva menos 5,9 anos, tenha média de escolaridade 2,5 anos menor e consuma 28% menos do que uma pessoa nascida no Chile, o 45º no ranking. Argentina, Uruguai, Panamá, México, Costa Rica, Peru também apresentam melhor classificação: 46º, 52º, 54º, 56º, 62º e 63º, respectivamente.

Ao longo da década, o Brasil apresentou um crescimento médio anual de 0,73% no IDH. Um ritmo considerado muito bom. Mas, entre grupo de países de alto desenvolvimento humano, há exemplos de velocidade significativamente maior. O Casaquistão, por exemplo, cresceu 1,51% e Azerbaijão, 1,77%. A Romênia, com ritmo de crescimento de 1,06%, estampa a diferença que tal índice pode provocar. Em 2005, o país dividia com Brasil a mesma colocação. Agora, ele ocupa o 50º lugar no ranking, 22 à frente, portanto, do Brasil.

De acordo com o indicador, a maior desigualdade no Brasil é registrada no rendimento: a perda provocada pelas diferenças nesta área seria de 37,6%.

Os números do relatório, no entanto, mostram que a desigualdade, embora marcante no Brasil, vem caindo na última década. Caso o IDH fosse aplicado em 2000, a perda do Brasil seria de 31%. Em 2005, esse índice cairia para 28,5%.

Ranking

1. Noruega

2. Austrália

3. Nova Zelândia

4. Estados Unidos

5. Irlanda

45. Chile

73. Brasil

75. Venezuela

168. Congo

169. Zimbábue

4 de nov. de 2010

Os número qua a nova presidente irá enfrentar

O que os números revelam sobre Dilma
Dilma Rousseff tem o 8 em duas posições do Mapa Numerológico. As pessoas com grande talento executivo possuem esse simbolismo em destaque. O Número 8 sugere um apurado senso de justiça e a aptidão de cuidar de vários detalhes, principalmente financeiros, com planejamento e pulso firme.
A petista também possui uma capacidade intelectual apurada, por ter Número de Impressão 7. Está sempre disposta a estudar, pesquisar e aprender para melhor exercer suas funções. E contará com um talento para trabalhar em equipe e atuar em benefício da sociedade, conforme mostrado pela sua Lição Existencial 6. Ela é uma mulher disposta a sacrifícios pessoais em prol dos ideais sociais que acredita. Ainda mais que tende a demonstrar um humanitarismo é considerável, por conta do 11 na Lição Existencial e do Desafio do 9.
No ano em que assumirá o cargo, 2011, ela viverá o Ano Pessoal 3. Costuma ser um período de popularidade em alta. Portanto, o povo brasileiro poderá se surpreender com o desempenho administrativo de Dilma Rousseff. No terceiro e quatro trimestres de 2011, ela poderá viajar bastante e expandir os negócios do país em alianças internacionais. Afinal, viverá o 3º.Trimestre 5 e o 4º.Trimestre 7.
Já 2012 será um ano de consideráveis reestruturações para Dilma empreender no Brasil. Ela viverá o Ano Pessoal 4, um ano de muito planejamento e maior preocupação com a segurança, a fim de proporcionar uma maior estabilidade ao país. Nesse processo, como é típico de um ano marcado pela simbologia do 4, Dilma Rousseff precisará receber o apoio de instituições e, no segundo e terceiro trimestres, provavelmente de outros países.
Questões voltadas para a terra, tal como a agricultura, estarão em evidência em 2012. E, em termos pessoais, o segundo semestre de 2012 será uma fase para cuidar de sua saúde, pois o 3º.Trimestre 7 e o 4º.Trimestre 9, associados ao 4 de seu 2012, representarão esses cuidados maior com o corpo.
Em 2013, provavelmente Dilma enfrentará as maiores crises em seu governo. E, ao mesmo tempo, as maiores superações de seu mandato. Mudanças inesperadas e necessárias alterações precisarão ser enfrentadas, por conta de seu Ano Pessoal 5. Especialmente no terceiro trimestre de 2013, quando estará sob a simbologia do Número 9. Já no quarto trimestre de 2013, simbolizado pelo 2, por meio de determinadas parcerias e alianças finalizadas; e outras, diferentes, iniciadas, ela poderá superar as crises deste ano e trazer mais progresso ao país.
E no último ano de sua trajetória presidencial, em 2014, Dilma Rousseff terá a oportunidade, por conta de seu Ano Pessoal 6, de proporcionar os maiores benefícios de seu governo ao povo brasileiro. Porque quando um Ciclo tem o mesmo número presente em alguma posição do Mapa Numerológico, as oportunidades são mais claras de expressarmos os atributos do mesmo. E a presidente tem o 6 como Lição Existencial. Ou seja, uma disposição em proporcionar melhores condições de vida à população ao realizar os seus ideais sociais. É o que marcará o fim desse seu primeiro mandato.
Agência Brasil

3 de nov. de 2010

Dilma anuncia reajuste do Bolsa Família em 2011

A presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem, em entrevista à TV Brasil, que pretende reajustar o valor do Bolsa Família - programa de distribuição de renda lançado no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela disse que ainda não decidiu se o reajuste do benefício fará com que o governo revise o Orçamento da União aprovado para o próximo ano.

 Dilma diz que reajuste do Bolsa Família será uma de suas primeiras medidas como presidenta“Eu pretendo ver isso com mais detalhe. Agora, eu pretendo reajustar os benefícios do Bolsa Família”, afirmou. “O Orçamento é uma peça que está sempre num quadro com o qual você opera. É possível conseguir que haja mais recursos para aquilo, dependendo de suas prioridades. Agora, eu tenho o objetivo de reajustar e garantir os recursos do Bolsa Família para que eles não tenham perdas inflacionárias e que tenham ganho real”, disse Dilma, durante o programa Brasilianas.org.

Entre 2003, quando o programa foi iniciado, e 2010, o governo desembolsou R$ 60,2 bilhões no atendimento a populações mais pobres, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. O benefício médio, nestes quase sete anos, foi de R$ 96,00 - valor que representou um acréscimo de 47% na renda de aproximadamente 50 milhões de pessoas. Praticamente metade delas vive no Nordeste.

De acordo com Dilma, a erradicação da pobreza será a meta central de seu governo. “É uma questão de concepção. Na concepção do projeto que eu represento, e do qual, obviamente, o presidente Lula é um dos grandes líderes, o crescimento econômico não pode ser desvinculado da melhoria das condições de vida da população. A questão social não é um adereço de mão, não é um anexo ao nosso programa, nem ao nosso governo. Eu vou tornar essa meta de erradicação da pobreza como uma meta central.”

A presidente eleita disse ainda que tem interesse em aumentar a participação das mulheres em seu governo, mas que isso não significa “criar cotas”. “Tenho todo interesse em ocupar os quadros ministeriais com muito mais mulheres, mas também não vou fazer regime de cotas. Se as mulheres forem maioria é porque foram competentes.”

Dilma disse ainda que poderá manter alguns dos ministros do governo de Lula, mas evitou adiantar em quais áreas. “É possível manter nomes e não vejo nenhum problema nesse sentido.”

A presidente eleita afirmou ainda que dará prioridade às reformas política e tributária, mas que o ritmo de trabalho será ditado pelo Congresso. “Darei uma prioridade grande à reforma tributária e à reforma política, mas os prazos serão aqueles mais adequados ao trânsito no Congresso.”

Mulheres

A conversa incluiu ainda temas como reformas política e tributária, às quais promete dar “uma prioridade grande”, mas adequando os prazos ao Congresso, e que poderá ampliar a presença de mulheres em sua equipe. Mas isso não significa, advertiu, que pretenda criar cotas nessa questão. “Tenho todo interesse em ocupar os quadros ministeriais com muito mais mulheres, mas também não vou fazer regime de cotas. Se as mulheres forem maioria, é porque foram competentes.”

2 de nov. de 2010

PT e PMDB começam a disputa por cargos no governo Dilma

A primeira reunião da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) com auxiliares diretos para montar a equipe de transição, realizada nesta segunda (1), em Brasília, teve presença apenas de petistas, sem nenhum convidado do PMDB, seu principal aliado na campanha. Ficou definido, no encontro, que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o ex-ministro Antonio Palocci comandarão o grupo que fará a passagem do governo Lula para o de Dilma.

Insatisfeitos com a iniciativa, alguns peemedebistas não esperaram para dar o troco. “Eles não vão governar sozinhos”, avisou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-SP). Pouco preocupado, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, fez em entrevista ao Estado uma cobrança: o PT quer negociar com um PMDB unido. A legenda “terá mais importância quanto mais se unificar como partido de centro”, avisou.

Os dois episódios mostram que, nem bem terminou a apuração dos votos, já corre solta a disputa por espaço entre os dois partidos. Setores petistas já deixaram vazar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostaria que Guido Mantega fosse mantido na Fazenda. Admite-se que Henrique Meirelles pode ter um “lugar importante” no novo time, mas não se sabe onde. Luciano Coutinho, do BNDES, pode tanto ficar no banco como ir para a Fazenda, se Mantega sair, ou para o Banco Central.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

1 de nov. de 2010

Dilma define equipe de transição de governo

A presidente da República eleita, Dilma Rousseff (PT), está reunida, na tarde de hoje, com assessores em sua residência, no Lago Sul, em Brasília. O objetivo é definir os próximos passos para a transição de governo. O presidente do PT, José Eduardo Dutra e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) vão negociar com os partidos aliados durante a transição de governo.
Já o ex-ministro da Fazenda e deputado Antonio Palocci (PT-SP) e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel deverão cuidar da parte institucional. O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, cuidará de questões internacionais.

Dilma teve maior porcentual de votos que Raúl Castro


Em Havana, capital de Cuba, a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, recebeu o maior porcentual de votos válidos entre os colégios eleitorais no exterior, ultrapassando até mesmo o obtido pelo atual líder da ilha comunista, Raúl Castro, nas eleições ao comando do País.

No segundo turno das eleições presidenciais, a petista obteve nas urnas o apoio de 248 dos 260 brasileiros que votaram na cidade caribenha, o que representa 97 64% dos votos válidos - seis eleitores votaram em branco ou nulo.

Em 2008, o irmão do ditador Fidel Castro foi alçado ao cargo de presidente do Conselho de Estado da República de Cuba, com o aval de 597 dos 614 deputados que compunham na época a Assembleia Nacional do Poder Popular, o que representava 97,23% do total. Vale lembrar que Raúl era candidato único para suceder Fidel, que estava desde 1976 no posto.

Além da capital cubana, a petista teve porcentuais bastante relevantes em cidades como Ramallah (91,97%), na Palestina, Libreville (90,48%), no Gabão, e Buenos Aires (63,42%), na Argentina.

A presidente eleita teve ainda melhor performance nas urnas que o seu adversário, José Serra (PSDB), em Paris (57,32%) na França, em Barcelona (53%), na Espanha, Belgrado(52%), na Sérvia, Atenas (51,96%), na Grécia, entre outros países.

A petista teve exatamente o mesmo porcentual alcançado pelo tucano, 50% dos votos válidos, nas cidades de Bissau, em Guiné-Bissau, e em Concepción, no Paraguai.

No primeiro município, Dilma e Serra receberam 25 votos cada. No segundo, tanto o tucano como a petista obtiveram 13 votos, sendo que 1 dos 27 eleitores que compareceram às urnas votou nulo.

Confira o porcentual de votação de Serra no exterior

Ainda que não tenha sido eleito, o ex-governador de São Paulo obteve o maior porcentual entre as cidades do exterior. Em Jacarta, capital da Indonésia, Serra recebeu 100% dos votos válidos, ou seja, os oito eleitores que votaram na cidade indonésia apoiaram a eleição do tucano.

Com porcentuais menores, mas não menos relevantes, o ex-candidato do PSDB venceu na capital Cingapura (88,67%), em Cingapura, em Bucareste (88,46%), na Romênia, em Miami (82,84%), nos Estados Unidos, em Atlanta (76,68%), também nos Estados Unidos, entre outros municípios.

O tucano surpreendeu em capitais de países em que os governos federais apoiaram a eleição de Dilma Rousseff, como Assunção (61 40%), no Paraguai, Caracas (61,83%), na Venezuela, e Quito (54 49%), no Equador.

Equipe de transição de Dilma terá Palocci, Dutra e Pimentel


A presidente eleita Dilma Rousseff definiu nesta segunda-feira a equipe de transição de governo, informou uma fonte próxima à negociação.

A escolha foi feita em reunião na residência de Dilma em Brasília um dia depois da eleição.

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel deverão cuidar da parte institucional.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) vão negociar com os partidos da coligação que apoiou a eleição de Dilma.

Já o assessor especial da Presidência, licenciado, Marco Aurélio Garcia, cuidará da área internacional. Inclui ainda Clara Ant, que cuidou do banco de dados durante a campanha.